Álvares de Azevedo

Álvares de Azevedo nasceu do casamento de Inácio Manuel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, cresceu no Rio de Janeiro e começou seus estudos lá. Mais tarde, mudou-se para São Paulo (1847) para frequentar a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde se destacou por suas habilidades linguísticas e seu espírito jovial.

Durante seus estudos de Direito, traduziu obras como o quinto ato de Otelo, de Shakespeare, e Parisina, de Lord Byron. Fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849), participou da Sociedade Epicureia e começou a escrever o poema épico O Conde Lopo, do qual apenas fragmentos sobreviveram.

Sua carreira acadêmica foi interrompida por uma tuberculose pulmonar e um tumor na fossa ilíaca, resultante de uma queda de cavalo durante as férias de 1851-52. Aos 20 anos, Álvares de Azevedo faleceu. Sua obra inclui diversos poemas, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, ensaios e sua obra principal, Lira dos vinte anos.

Álvares de Azevedo é o patrono da cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras. Sua obra tem sido objeto de estudos acadêmicos, como "O Belo e o Disforme" e "Entusiasmo indianista e ironia byroniana". Suas influências incluem Lord Byron, Goethe, François-René de Chateaubriand e Alfred de Musset.

Um aspecto marcante de sua poesia é a "binomia", que busca unir extremos, refletindo uma postura romântica. Ele introduziu o cotidiano na poesia brasileira com poemas como Ideias íntimas. Álvares de Azevedo é lembrado por sua poética e o prefácio à segunda parte da Lira dos Vinte Anos é considerado um ponto crítico de sua obra.

Álvares de Azevedo é reconhecido na antologia do cancioneiro nacional e sua poesia foi amplamente lida até o início do século XX, com várias reedições. Seu drama Macário foi encenado pela última vez em 2001.