Beatriz Nascimento
Conheça a biografia, livros publicados e muito mais sobre esta autora e escritora.

Biografia
Beatriz Nascimento foi uma intelectual, pesquisadora e ativista brasileira, nascida em Aracaju no dia 12 de julho de 1942. Ela era filha de Rubina Pereira do Nascimento, dona de casa, e Francisco Xavier do Nascimento, pedreiro. Na década de 1950, Beatriz e seus dez irmãos se mudaram com a família para o Rio de Janeiro.
Aos 28 anos, Beatriz começou a estudar História na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se formou em 1971. Durante sua graduação, ela fez um estágio no Arquivo Nacional, onde trabalhou com o historiador José Honório Rodrigues. Após concluir seus estudos, Beatriz se tornou professora de História na rede estadual do Rio de Janeiro, unindo ensino e pesquisa.
Nesse período, ela começou a se envolver em sua militância intelectual, focando em temas relacionados à história e à cultura negras. Em 1974, Beatriz ajudou a criar o Grupo de Trabalho André Rebouças na Universidade Federal Fluminense (UFF). Esse grupo promovia discussões sobre a temática racial entre estudantes negros de universidades do Rio e de São Paulo.
Um marco importante em sua trajetória foi sua participação como conferencista na Quinzena do Negro, realizada na USP em 1977. Esse evento se tornou um espaço significativo para pesquisadores negros trocarem ideias e experiências. Em 1981, Beatriz completou sua pós-graduação lato sensu em História na UFF, com uma pesquisa sobre “Sistemas alternativos organizados pelos negros: dos quilombos às favelas”.
Seu trabalho mais conhecido é o filme Ori, lançado em 1989, que tem 131 minutos de duração. O filme, dirigido pela socióloga e cineasta Raquel Gerber, é narrado por Beatriz e retrata sua vida, abordando a relação da comunidade negra com o tempo, o espaço e a ancestralidade, simbolizada pela ideia de quilombo.
Ao longo de vinte anos, Beatriz se tornou uma referência em estudos sobre racismo e quilombos. Ela explorou a relação entre a corporeidade negra e o espaço, analisando as experiências diaspóricas de africanos e seus descendentes no Brasil. Suas ideias sobre “transmigração” e “transatlanticidade” foram fundamentais em suas pesquisas.
Beatriz publicou artigos em várias revistas, como a Revista de Cultura Vozes, Estudos Afro-Asiáticos e a Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Ela também contribuiu com textos para jornais de grande circulação, como o suplemento Folhetim da Folha de S. Paulo, Isto É, Maioria Falante, Última Hora e a revista Manchete.
De acordo com Rattz, Beatriz, junto com outros pesquisadores como Eduardo Oliveira, Lélia González e Hamilton Cardoso, lutou para que a questão étnico-racial fosse mais visível nas universidades e fortalecesse o movimento negro. Além de sua militância, Beatriz era também poetisa. Sua poesia refletia a experiência de ser uma mulher negra, trazendo uma sensibilidade única para sua escrita.
Beatriz estava fazendo mestrado em comunicação social na UFRJ, orientada por Muniz Sodré, quando sua vida foi tragicamente interrompida. Ela foi assassinada ao tentar defender uma amiga de um companheiro violento, deixando uma filha. Beatriz Nascimento faleceu no dia 28 de janeiro de 1995 no Rio de Janeiro.
Últimos livros publicados
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