Buchi Emecheta

A nigeriana Buchi Emecheta é uma autora que escreveu mais de 20 livros. Entre suas obras estão No fundo do poço (1972), Cidadã de segunda classe (1974) e As alegrias da maternidade (1979). Esses livros foram publicados pela editora Dublinense.

Seu trabalho aborda questões como escravidão, independência feminina, maternidade e liberdade. Emecheta é reconhecida mundialmente, especialmente na Inglaterra, onde viveu por mais de 50 anos até falecer em janeiro de 2017.

A submissão das mulheres africanas é um tema central em sua obra. Buchi nasceu em Lagos, na Nigéria, em 1944. Ela estudou em uma escola metodista, após receber uma bolsa de estudos quando seu pai faleceu. Sua vida mudou ao se casar aos 16 anos com um homem com quem estava comprometida desde os 11 anos. Quatro anos depois, o casal se mudou para Londres. Eles tiveram cinco filhos antes do casamento acabar.

Como mãe de uma minoria em um país estrangeiro, Emecheta enfrentou muitos desafios. Apesar das dificuldades, em 1974, ela se formou em Sociologia pela Universidade de Londres. Para sustentar sua família, trabalhou em uma biblioteca do Museu Britânico enquanto estudava.

As dificuldades que viveu em Londres inspiraram seus dois primeiros romances, In the Ditch (1972) e Second-Class Citizen (1975). Ela continuou a ter sucesso escrevendo sobre a luta das mulheres africanas para alcançar seu potencial em uma sociedade dominada por homens. Outros títulos dela, como The Bride Price (1976), The Slave Girl (1977), Kehinde (1994) e The New Tribe (2000), também tratam de temas semelhantes.

Depois de trabalhar na Universidade de Londres e na Nigéria, Emecheta voltou a Londres para ficar perto de seus filhos. Durante esse tempo, publicou As alegrias da maternidade (1979), seu livro mais famoso, que reavalia a maternidade na cultura africana.

Como romancista e ensaísta, Emecheta é uma das autoras mais produtivas da África. Ela escreveu romances para adultos, uma autobiografia, vários ensaios e livros infantis. A exceção de sua obra mais aclamada, The Rape of Shavi (1983), seus romances têm um estilo mais documental.

Ao longo de sua carreira, Emecheta experimentou diferentes técnicas narrativas, focando na vida das mulheres, um tema muitas vezes ignorado por escritores masculinos africanos. Por isso, a maioria das críticas sobre seu trabalho foi positiva.