Cristovão Tezza

Cristovão Tezza nasceu em Lages, mas se mudou para Curitiba, no Paraná, quando tinha apenas dez anos. Essa cidade é o cenário de muitos de seus livros, onde os personagens exploram suas ruas e pontos turísticos.

Tezza teve diversas experiências profissionais ao longo da vida. Ele atuou no teatro, trabalhou na marinha mercante, foi trabalhador ilegal na Europa e também foi relojoeiro. Desde jovem, ele já se dedicava à escrita. Com apenas treze anos, escreveu seu primeiro livro, que ele mesmo descreveu como “muito ruim”.

Ao longo de sua carreira, Tezza publicou dez romances. Uma característica marcante de sua escrita é o uso de múltiplos narradores. Por exemplo, em "Trapo", a história é contada pelo professor Manoel, que estuda o poeta Trapo, e também pelo próprio poeta, através de seus poemas.

Em 2003, Tezza lançou um ensaio sobre Mikhail Bakhtin, que era na verdade sua tese de doutorado. Ele possui o título de Doutor em Literatura Brasileira e atualmente é professor de Linguística na Universidade Federal do Paraná.

Em algumas entrevistas, ele mencionou que “apenas uns quatro ou cinco escritores brasileiros conseguem viver apenas de seus livros”. Por isso, ele optou por ser professor. Em 2004, recebeu o prêmio da Academia Brasileira de Letras pelo seu romance “O fotógrafo”, que foi eleito o melhor romance brasileiro do ano.

Além disso, em 2009, a Revista Época o incluiu na lista dos 100 brasileiros mais influentes do ano.