Dias Gomes
Conheça a biografia, livros publicados e muito mais sobre este autor e escritor.

Biografia
Baiano de Salvador, Dias Gomes nasceu em 1922 e faleceu em 1999. Antes de entrar no mundo das telenovelas, onde sua esposa, Janete Clair, já trabalhava, ele se destacou como autor de teatro. Sua peça "O Pagador de Promessas", lançada em 1959, trouxe reconhecimento internacional.
Essa obra foi traduzida para mais de uma dúzia de idiomas e encenada em diversos países. O autor adaptou a peça para o cinema, que foi dirigida por Anselmo Duarte. "O Pagador de Promessas" se tornou o primeiro filme brasileiro indicado ao Oscar e ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1962.
Além disso, "O Bem-Amado" foi a primeira telenovela colorida da televisão brasileira. Em 1964, Dias Gomes foi demitido da Rádio Nacional, onde era diretor artístico, devido ao Ato Institucional Nº 1. Nesse mesmo período, "O Pagador de Promessas" estreava em Washington.
A partir desse momento, ele se envolveu em várias manifestações contra a censura e em defesa da liberdade de expressão. Durante o regime militar, várias de suas peças foram censuradas, incluindo "O Berço do Herói", "A Revolução dos Beatos" e "Roque Santeiro". Desde o início da revista Civilização Brasileira, em 1965, ele fez parte do seu Conselho de Redação.
Em 1969, Dias Gomes foi contratado pela TV Globo, onde criou muitas telenovelas, minisséries e especiais. Mesmo com a censura, ele continuou a produzir teatro. Entre 1968 e 1980, diversas de suas peças foram apresentadas, como "Dr. Getúlio, Sua Vida e Sua Glória", que foi encenada em 1969.
Após seus primeiros sucessos na TV, como "Verão Vermelho" e "Assim na Terra como no Céu", ele se tornou um dos maiores autores de telenovelas do Brasil. Sua obra é conhecida por ser polêmica, criativa e sarcástica. Ele conseguiu inovar a forma tradicional das novelas, misturando drama e comédia com elementos de fantasia e realismo.
Exemplos de suas obras incluem "Bandeira Dois" (1971), "O Bem-Amado" (1973) e "O Espigão" (1974). Com "Saramandaia", de 1976, ele introduziu o realismo fantástico nas telenovelas. Durante os anos de censura, ele enfrentou dificuldades, especialmente quando sua novela "Roque Santeiro" foi proibida de ser exibida em 1975.
Essa novela só foi ao ar dez anos depois, tornando-se um grande sucesso. Em 1977, Dias Gomes voltou ao teatro com "As Primícias", uma obra que estreou em 1979. Nesse mesmo ano, ele lançou seu primeiro musical de grande porte, "O Rei de Ramos", que se passa no universo do jogo do bicho.
A música foi composta por Francis Hime e as letras são de Chico Buarque. A peça foi dirigida por Flávio Rangel. Em 1980, ele apresentou "Campeões do Mundo", um texto que aborda a experiência histórica do regime autoritário e as motivações dos jovens que lutaram contra ele.
Dias Gomes foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras em 11 de abril de 1991, sucedendo Adonias Filho. Ele foi recebido pelo acadêmico Jorge Amado em 16 de julho de 1991. Infelizmente, Dias Gomes faleceu em um acidente de carro em São Paulo em 18 de maio de 1999, aos 76 anos.
Últimos livros publicados
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