Émile Zola

Émile Zola nasceu em Paris, filho do engenheiro François Zola e de sua esposa Émilie Aubert. Ele passou sua infância em Aix-en-Provence, onde estudou no Collège Bourbon, que hoje é chamado de Collège Mignet. Quando completou dezoito anos, voltou para Paris para estudar no Lycée Saint-Louis. Após a morte de seu pai, enfrentou dificuldades financeiras e teve que trabalhar em vários escritórios, ocupando funções sem grande importância.

Zola começou sua carreira no jornalismo, escrevendo colunas para os jornais Cartier de Villemessant's e Controversial. Ele não hesitou em criticar severamente Napoleão III, afirmando que seu trabalho refletia um período de loucura e vergonha. Também fez críticas à Igreja, dizendo que a civilização não alcançaria a perfeição até que a última pedra da última igreja caísse sobre o último padre.

Um de seus primeiros trabalhos, chamado La Confession de Claude (1865), teve uma recepção negativa por parte da crítica. No ano seguinte, lançou Thérèse Raquin, um romance que trouxe uma nova abordagem. Inspirado pelos estudos científicos da época, Zola não escreveu apenas uma história, mas fez uma análise detalhada do ser humano, da moral e da sociedade. Thérèse Raquin se tornou um marco do Naturalismo, um novo movimento literário que se baseava na análise científica do comportamento humano.

Durante sua vida, Zola também se envolveu ativamente na política. Sua obra mais impactante nesse sentido foi a carta aberta chamada J'accuse (Acuso), que ele escreveu ao presidente da França, Félix Faure. Essa carta, publicada na primeira página do jornal L'Aurore em 13 de janeiro de 1898, acusou o governo francês de anti-semitismo. Ele denunciou o julgamento apressado do capitão Alfred Dreyfus, um oficial do exército francês que foi injustamente condenado por traição em 1894.

Émile Zola faleceu em 29 de setembro de 1902, em sua casa em Paris. Ele morreu devido à inalação de uma quantidade fatal de monóxido de carbono que veio de uma lareira com defeito. Algumas pessoas que estudam sua vida acreditam que as circunstâncias de sua morte podem ter sido misteriosas e não descartam a possibilidade de homicídio.