Graciliano Ramos

Graciliano Ramos de Oliveira nasceu em Quebrangulo, em 27 de outubro de 1892, e faleceu no Rio de Janeiro em 20 de março de 1953. Foi um escritor brasileiro do século XX, conhecido por obras como Vidas Secas.

Graciliano Ramos passou sua infância em várias cidades do Nordeste. Após concluir o ensino médio em Maceió, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como jornalista. Retornou ao Nordeste em 1915, estabelecendo-se em Palmeira dos Índios, Alagoas, após se casar com Maria Augusta de Barros.

Ele foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios em 1927, renunciando dois anos depois. Durante seu mandato, liberou presos para trabalharem na construção de estradas. Seus relatórios como prefeito chamaram a atenção de um editor carioca, levando à publicação de Caetés em 1933.

Entre 1930 e 1936, Graciliano Ramos ocupou cargos em Maceió. Em 1934, publicou São Bernardo e, em 1936, Angústia. Preso em 1935, lançou Memórias do Cárcere em 1953, relatando sua experiência na prisão durante a ditadura de Vargas.

Em 1938, publicou Vidas Secas e depois mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como inspetor federal de ensino. Em 1945, ingressou no Partido Comunista do Brasil e viajou pela Europa com sua segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, tema de seu livro Viagem.

Gravemente doente em 1952, Graciliano Ramos faleceu em março de 1953, aos 60 anos, devido a um câncer de pulmão. Sua escrita formal e a representação do conflito do eu com o mundo, a opressão e a dor marcaram sua obra literária. Foi indicado ao Prêmio Brasil de Literatura.