Louis Althusser

Louis Althusser nasceu em Birmandreis, Argélia, no dia 16 de outubro de 1918. Ele foi um filósofo francês de origem argelina. Seu nome foi escolhido em homenagem ao tio paterno, que faleceu na Primeira Guerra Mundial.

A mãe de Althusser tinha a intenção de se casar com esse tio, mas após sua morte, acabou se casando com o pai de Louis. Ele acreditava que sua mãe o tratava como um substituto do tio falecido, o que causou um grande impacto psicológico em sua vida.

Após a morte do pai, Althusser se mudou com sua mãe e irmã para Marseille, onde passou a infância. Em 1937, ele se juntou ao movimento da juventude católica. Althusser era um aluno destacado e foi aceito na École Normale Supérieure (ENS) em Paris. Porém, não pôde frequentar a escola, pois foi convocado para a Segunda Guerra Mundial e acabou preso em um campo de concentração.

Ele se considerava um prisioneiro relativamente feliz, permanecendo no campo até o fim da guerra, enquanto outros soldados fugiram para lutar. Após a guerra, Althusser finalmente pôde estudar na École Normale Supérieure, mas sua saúde mental estava muito prejudicada. Em 1947, ele recebeu tratamento com eletrochoques.

Althusser se tornou marxista e se filiou ao Partido Comunista Francês em 1948. No mesmo ano, começou a lecionar na École Normale Supérieure. Em 1946, conheceu Hélène Rytmann, uma revolucionária com quem ficou até 1980. Nesse ano, durante um surto psicótico, Althusser estrangulou Hélène, mas não se lembrava claramente do que aconteceu.

A justiça o considerou incapaz no momento do crime e ele foi internado em um hospital psiquiátrico. Em 1981, foi declarado inocente. Em 1986, em seu livro "L'avenir dure longtemps", ele refletiu sobre o assassinato, gerando polêmica sobre sua responsabilidade.

Após sua internação, Althusser viveu recluso no norte de Paris, sem trabalhar, exceto em sua autobiografia. Ele faleceu de ataque cardíaco em 22 de outubro de 1990, aos 72 anos.