Lúcio Cardoso

Lúcio Cardoso nasceu em Curvelo, Minas Gerais, no dia 14 de agosto de 1912 e faleceu em 28 de setembro de 1968 no Rio de Janeiro. Seu primeiro romance o colocou entre os escritores regionalistas, mas sua obra se alinha mais com o grupo espiritualista, que inclui autores como Cornélio Pena, Schmidt, Otávio de Faria e Vinicius de Moraes.

Cardoso era abertamente homossexual, e isso se refletiu em sua escrita, abordando o tema da redenção em uma humanidade que ele via como ontologicamente pecaminosa. Em 1966, recebeu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras por sua obra como um todo.

Sua prosa, rica em poesia, expressava um desejo transgressivo, e seus personagens enfrentavam tensões que recriavam a realidade do mundo. Junto com Clarice Lispector e Cornélio Pena, ele se destacou como um dos principais nomes do romance intimista brasileiro. Além disso, colaborou com Paulo César Saraceni para realizar o primeiro longa-metragem do Cinema Novo, e suas obras foram adaptadas para o cinema.

Após sofrer um derrame cerebral, Lúcio Cardoso teve que parar de escrever, mas não abandonou a criação. Ele começou a pintar, produzindo belas obras de arte, mesmo com os movimentos limitados que lhe restaram.