Philip K. Dick

Philip Kindred Dick, conhecido pelas iniciais PKD, foi um autor americano de ficção científica que teve um grande impacto nesse gênero literário. Embora não tenha recebido muito reconhecimento durante sua vida, suas histórias foram adaptadas para o cinema, alcançando um público amplo. Isso fez com que ele fosse elogiado tanto por leitores quanto por críticos, tornando-se um símbolo da contracultura.

As obras de Dick são conhecidas por suas histórias paranóicas e pela originalidade. Ele frequentemente abordou temas como a realidade e a humanidade, utilizando personagens comuns, em vez de heróis típicos de ficção científica. Seu livro mais famoso durante sua vida foi O Homem no Castelo Alto (1961), que ganhou o Prêmio Hugo de ficção científica.

Philip nasceu em uma família com desafios, sendo filho de um funcionário do governo. Sua irmã gêmea faleceu logo após o nascimento. Quando ele tinha quatro anos, seus pais se separaram. Ele se mudou com a mãe para a Califórnia, onde estudou na Escola Secundária de Berkeley até 1945. Depois, ingressou na Universidade da Califórnia, onde estudou Filosofia e Alemão, mas abandonou o curso para trabalhar como disc-jockey em uma rádio, além de ter uma loja de discos.

Foi nesse período que começou a escrever, publicando seu primeiro conto de ficção científica na revista Planet Stories. Ele também escreveu alguns romances autobiográficos, mas não conseguiu publicá-los. Assim, decidiu se dedicar totalmente à ficção científica, acreditando que esse gênero poderia expressar melhor suas ideias filosóficas.

Sua primeira obra publicada foi Solar Lottery, em 1955. A história se passa no século XXIII, onde a democracia foi substituída por uma loteria que define os papéis das pessoas na sociedade. Contudo, logo se descobre que essa sorte é manipulada. Após o sucesso de obras como Eye In The Sky (1956), Dr Futurity (1960) e Vulcan's Hammer (1960), Dick ganhou reconhecimento, especialmente com The Man In The High Castle (O Homem do Castelo Alto), publicado em 1962. Este romance imagina um mundo onde a Alemanha e o Japão venceram a Segunda Guerra Mundial.

Por ter vínculos com o Partido Comunista dos Estados Unidos, Dick foi investigado pelo FBI e pela Força Aérea dos EUA. Sua visão quase paranóica da realidade, presente em muitos de seus trabalhos, pode ter raízes nessas experiências. Ele se inspirou em conceitos do Budismo, Cabalismo, Gnosticismo e outras doutrinas, misturando-os com novas crenças em parapsicologia, extraterrestres e percepção extra-sensorial. Dick chegou a afirmar que, em 1974, foi contatado por uma inteligência alienígena.

Em suas obras, PKD frequentemente explorou a realidade e a humanidade, usando personagens comuns em vez dos heróis típicos do gênero. Ele é considerado um precursor do cyberpunk, e seu livro Do Androids Dream of Electric Sheep? (Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?) inspirou o famoso filme Blade Runner. Perto do fim de sua vida, ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), mas seu trabalho já havia aberto portas para Hollywood, levando à adaptação de outras obras suas.

Filmes como Minority Report: A Nova Lei, O Vingador do Futuro, Screamers: Assassinos Cibernéticos, O Pagamento, Impostor, O Vidente, Os Agentes do Destino e O Homem Duplo também foram baseados em histórias de Dick.