Rachel de Queiroz

Rachel, filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, mudou-se para o Rio de Janeiro e Belém do Pará em 1917, retornando a Fortaleza em 1919. Concluiu o curso normal em 1925 e começou a escrever para o jornal O Ceará.

Aos vinte anos, ganhou destaque nacional com o romance O Quinze (1930), abordando a luta contra a seca no Nordeste. Seu interesse por questões sociais cresceu ao ingressar no Bloco Operário Camponês e no Partido Comunista.

Rachel mudou-se para São Paulo em 1933 e depois para o norte, onde permaneceu até 1939. Consagrada como escritora, fixou residência no Rio de Janeiro. Recebeu o Prêmio Felipe d'Oliveira por As Três Marias e escreveu obras como João Miguel, Caminhos de Pedras e O Galo de Ouro.

Presidiária em 1937, foi acusada de comunismo em Fortaleza. Apoiou a ditadura militar em 1964. Lançou Dôra, Doralina em 1975 e Memorial de Maria Moura em 1992, adaptado para televisão. Publicou memórias em 1998 e transformou sua fazenda em reserva natural.

Rachel faleceu em 2003, aos 93 anos, no Rio de Janeiro, por complicações cardíacas.