Sérgio Buarque de Holanda
Conheça a biografia, livros publicados e muito mais sobre este autor e escritor.

Biografia
Sérgio Buarque de Holanda foi um dos historiadores mais significativos do Brasil. Ele também atuou como crítico literário e jornalista. Sérgio estudou em várias escolas em São Paulo, incluindo a Escola Estadual Caetano de Campos. Em 1921, mudou-se para o Rio de Janeiro e se matriculou na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, que hoje é a Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. Ele se formou em Ciências Jurídicas e Sociais em 1925.
Durante a década de 1920, Sérgio representou o movimento modernista paulista no Rio de Janeiro. Ele trabalhou em diferentes veículos de comunicação e, entre 1929 e 1930, foi correspondente dos Diários Associados em Berlim. Lá, participou de atividades acadêmicas, incluindo conferências do historiador Friedrich Meinecke.
Ao retornar ao Brasil no início dos anos 30, continuou sua carreira como jornalista. Em 1936, tornou-se professor assistente na Universidade do Distrito Federal. Nesse mesmo ano, casou-se com Maria Amélia de Carvalho Cesário Alvim, com quem teve sete filhos: Sérgio, Álvaro, Maria do Carmo, além dos músicos Ana de Hollanda, Cristina Buarque, Miúcha e Chico Buarque. Também em 1936, lançou o ensaio Raízes do Brasil, sua primeira obra de grande impacto e ainda muito reconhecida.
Em 1939, com o fechamento da Universidade do Distrito Federal, Sérgio passou a trabalhar na burocracia federal. Em 1941, passou um longo período como visiting scholar em várias universidades nos Estados Unidos. Em 1944, publicou o livro Cobra de Vidro, que reúne artigos e ensaios que havia escrito anteriormente.
Nos anos seguintes, publicou Monções e Caminhos e Fronteiras em 1945 e 1957, respectivamente. Essas obras são coletâneas sobre a expansão da colonização da América Portuguesa nos séculos 17 e 18. Em 1946, voltou a viver em São Paulo para dirigir o Museu Paulista, cargo que ocupou até 1956, sucedendo seu antigo professor Afonso Taunay.
Em 1948, começou a lecionar na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, na área de História Econômica do Brasil, substituindo Roberto Simonsen. Entre 1953 e 1955, viveu na Itália, onde lecionou na Universidade de Roma. Em 1958, assumiu a cadeira de História da Civilização Brasileira na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Para o concurso dessa vaga, escreveu o livro Visão do Paraíso, publicado em 1959, que analisa o imaginário europeu durante a conquista das Américas.
Ainda em 1958, Sérgio se tornou membro da Academia Paulista de Letras e recebeu o Prêmio Edgar Cavalheiro do Instituto Nacional do Livro por Caminhos e Fronteiras. A partir de 1960, passou a coordenar o projeto da História Geral da Civilização Brasileira, contribuindo com vários artigos. Em 1962, tornou-se presidente do recém-criado Instituto de Estudos Brasileiros.
Entre 1963 e 1967, foi professor convidado em universidades no Chile e nos Estados Unidos, além de participar de missões culturais da Unesco na Costa Rica e no Peru. Em 1969, em protesto contra a aposentadoria forçada de colegas na Universidade de São Paulo, decidiu encerrar sua carreira docente.
No contexto da História Geral da Civilização Brasileira, publicou em 1972 o livro Do Império à República. Esse texto, que inicialmente era um simples artigo, se transformou em um volume independente. A obra analisa a crise do império brasileiro no final do século 19, explicando-a como resultado da deterioração do poder do imperador.
Sérgio permaneceu ativo intelectualmente até 1982, publicando diversos textos nesse período. Em 1975, lançou o volume Vale do Paraíba - Velhas Fazendas e, em 1979, a coletânea Tentativas de Mitologia. Nos últimos anos, trabalhou na revisão de Do Império à República, mas não conseguiu concluir. Em 1980, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), recebendo a terceira carteira de filiação do partido.
Nesse mesmo ano, foi agraciado com o Prêmio Juca Pato, da União Brasileira de Escritores, e o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.
Últimos livros publicados
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