Em sua obra-prima "A Cultura do Narcisismo", publicada originalmente em 1979, o historiador Christopher Lasch mergulha profundamente na complexa relação entre indivíduo e sociedade, utilizando o conceito psicanalítico de narcisismo como lente para analisar as tendências que moldam a vida contemporânea. Lasch argumenta que os indivíduos modernos se tornaram cada vez mais isolados, desvinculados tanto das estruturas familiares tradicionais quanto dos laços comunitários e movimentos sociais que antes proporcionavam um sentido de pertencimento.
De acordo com Lasch, essa crescente individualização é alimentada por uma cultura excessivamente focada no autocuidado e na busca incessante pela realização pessoal. A ética protestante, com sua ênfase no sucesso profissional e na ascensão social, é apontada como uma das raízes desse narcisismo cultural, assim como o movimento de autoconsciência e autocuidado que ganhou força nos anos 1970.
Através de exemplos contundentes, Lasch explora as diversas manifestações dessa cultura do narcisismo em diferentes esferas da vida social. Ele analisa a crescente importância da imagem pessoal e a obsessão pela auto-promoção nas redes sociais, o culto à personalidade que permeia o mundo do entretenimento e da política, e a busca desenfreada por prazeres imediatos.
O autor também critica a fragilidade dos vínculos afetivos modernos, caracterizados por uma superficialidade crescente e uma dificuldade em lidar com as emoções profundas. A desilusão com os valores tradicionais e a ausência de um projeto comum para a sociedade contribuem para um sentimento de vazio existencial e desesperança diante do futuro.
Para Lasch, essa cultura do narcisismo representa uma ameaça grave à coesão social e ao bem-estar coletivo. A ênfase excessiva no indivíduo, a desvalorização da comunidade e o culto à imediatidade geram um ciclo vicioso de insatisfação e frustração.
Apesar de ser publicado há décadas, "A Cultura do Narcisismo" continua sendo uma leitura fundamental para compreender os desafios da sociedade contemporânea. As observações perspicazes de Lasch sobre a fragmentação social, a perda de valores e a crise da identidade ressignificam-se com acuidade no contexto atual, onde as redes sociais amplificam os mecanismos de individualismo e narcisismo.
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Data de publicação | 9 de março de 2023 |
Edição | 1ª |
Editora | Fósforo Editora |
Formato | Capa comum |
Idioma | Português |
ISBN 10 | 6584568350 |
ISBN 13 | 9786584568358 |
Páginas | 416 |
Qtd. palavras (estimado) | 104.000 |
Tempo de leitura | 13 horas e 52 minutos |