Virginia Woolf, uma das mais importantes autoras da literatura moderna, traz em "Ao Farol" uma reflexão profunda sobre a memória, a família e a arte. Ambientado em sua infância, o livro evoca os verões passados em St Ives, na Cornualha, onde pequenas experiências se transformam em grandes revelações. A narrativa é uma transposição artística das lembranças e das relações familiares que moldaram a autora.
A obra se inicia com o retrato da família Ramsay, que, embora fictícia, reflete aspectos da própria vida de Woolf. A Sra. Ramsay, uma figura materna, simboliza a beleza e a complexidade da mãe de Virginia, enquanto o Sr. Ramsay representa uma figura paterna ambígua, que mescla carinho e rigidez. Esses personagens são, em essência, uma exploração da dinâmica familiar que influenciou significativamente a formação da autora.
Virginia Woolf não apenas narra uma história; ela explora as nuances das relações humanas e os impactos que elas têm na formação da identidade. A autora, que nunca frequentou escola formal, encontrou na biblioteca do pai a base de sua educação. Essa relação com os livros e a literatura é central na obra, refletindo a busca por conhecimento e a construção da própria voz.
O estilo literário de Woolf em "Ao Farol" é marcado por uma prosa lírica e poética, que transforma cada página em uma experiência sensorial. As visões, os sons e as cores da infância se entrelaçam em um rico tecido de imagens, criando um ambiente que é ao mesmo tempo íntimo e universal. A autora utiliza técnicas inovadoras, como o fluxo de consciência, para mergulhar o leitor em seus pensamentos e sentimentos.
A narrativa não se limita a descrever eventos cotidianos; ela vai além, capturando momentos de epifania e revelações que transcendem a realidade. Woolf é uma verdadeira vidente, capaz de perceber e transmitir o que muitos não conseguem ver. Essa capacidade de transformar visões em palavras é o que torna sua obra tão poderosa e impactante.
Ao ler "Ao Farol", o leitor é convidado a refletir sobre suas próprias experiências e memórias. A obra ressoa em um nível pessoal, permitindo que cada um encontre suas próprias visões e sentidos nas páginas do livro. É uma jornada que se estende além da ficção, tocando questões universais sobre a vida e o tempo.
Em suma, "Ao Farol" é uma obra que não apenas narra uma história, mas que também provoca uma profunda reflexão sobre a existência, a arte e a condição humana. Woolf, com sua habilidade única, transforma experiências íntimas em uma experiência coletiva, fazendo com que o leitor se sinta parte de sua jornada.
Sra. Ramsay: Representa a figura materna de Virginia, simbolizando beleza e complexidade emocional. Sua presença é central na dinâmica familiar e nas memórias da autora.
Sr. Ramsay: Reflete a figura paterna ambígua, que mescla carinho com rigidez. Sua relação com os filhos é marcada por tensões e afeições que moldam suas personalidades.
Lily Briscoe: Pintora que representa a busca pela identidade e pela arte. Sua jornada artística é paralela à de Virginia, refletindo a luta feminina por reconhecimento e expressão.
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Data de publicação | 3 de setembro de 2013 |
Edição | 1ª |
Editora | Autêntica |
Formato | Capa dura |
Idioma | Português |
ISBN 10 | 8582171986 |
ISBN 13 | 9788582171981 |
Páginas | 232 |
Qtd. palavras (estimado) | 58.000 |
Tempo de leitura | 7 horas e 44 minutos |