Quatro livros indispensáveis da obra de Albert Camus, um dos autores mais importantes do século XX, estão reunidos pela primeira vez em uma coletânea de luxo. Esta edição especial apresenta um livreto escrito pelo jornalista e crítico literário Manuel da Costa Pinto, que inclui o texto inédito "Um romance sempre é uma filosofia posta em imagens" e fotos de Camus.
A importância de Albert Camus na produção literária do século XX no Ocidente é inegável. O autor dedicou sua vida a explorar o absurdo da condição humana. Esta edição conjunta é uma celebração de sua obra, reunindo seu primeiro ensaio filosófico, "O Mito de Sísifo", e os três romances publicados em vida: "O Estrangeiro", "A Peste" e "A Queda".
Segundo Manuel da Costa Pinto, Camus sempre insistiu que, apesar da heterogeneidade formal e estilística de suas obras, todas giravam em torno de temas obsessivamente revisitados. Pensando nesses temas camusianos, a Editora Record publica esse box com um novo projeto gráfico que enaltece esses quatro livros obrigatórios em qualquer estante.
Além das obras, a coletânea inclui um livreto com o texto inédito de Manuel da Costa Pinto, que amarra as quatro obras, traçando uma linha que conecta cada um dos livros às reflexões da filosofia camusiana e à própria história do autor. Isso enriquece ainda mais o repertório de quem já é leitor de Camus e serve como uma introdução para novos leitores que desejam se aventurar pelos tratados de um dos autores mais influentes do mundo.
"O Estrangeiro", escrito em 1942, narra a história de um homem comum que se depara com o absurdo da condição humana após cometer um crime quase inconscientemente. O protagonista, Meursault, vive sua liberdade sem consciência dela e, ao perder essa liberdade, descobre uma liberdade maior e mais assustadora na autodeterminação. Esta narrativa é uma reflexão profunda sobre liberdade e condição humana, deixando marcas duradouras no pensamento ocidental.
"A Peste", publicado em 1947, retrata a cidade de Orã, na Argélia, atingida por uma terrível peste que dizima sua população. A obra, amplamente lida no pós-guerra, possui uma dimensão política significativa, lembrando a ocupação nazista na França durante a Segunda Guerra Mundial. Narrado do ponto de vista de um médico, o texto ressalta a solidariedade, a solidão e a morte, temas fundamentais para a compreensão dos dilemas do homem moderno.
"O Mito de Sísifo" é um ensaio filosófico sobre o absurdo, publicado em 1942. Camus destaca um mundo imerso em irracionalidades e menciona Sísifo, condenado pelos deuses a empurrar uma pedra montanha acima, apenas para vê-la rolar para baixo novamente. Este ensaio apresenta o dilema do homem contemporâneo: a questão da liberdade e responsabilidade frente a um mundo que parece sem sentido.
Por fim, em "A Queda", um advogado francês faz seu exame de consciência em um bar em Amsterdã. O narrador, que se autodenomina "juiz-penitente", denuncia a própria natureza humana em um processo de autocrítica. A obra revela um homem moderno que abandona seus valores e enfrenta um vazio existencial.
Esta coletânea de Albert Camus é um convite à reflexão, oferecendo uma visão profunda sobre a condição humana e os dilemas que nos cercam. É uma obra essencial para aqueles que buscam compreender a complexidade do ser humano e a busca por significado em um mundo repleto de absurdos.
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Data de publicação | 1 de fevereiro de 2021 |
Edição | 1ª |
Editora | Record |
Formato | Capa dura |
Idioma | Português |
ISBN 10 | 850130381X |
ISBN 13 | 9788501303813 |
Páginas | 1008 |
Qtd. palavras (estimado) | 252.000 |
Tempo de leitura | 33 horas e 36 minutos |