"Diário do hospício & O cemitério dos vivos" é uma obra marcante de Lima Barreto, que traz à tona experiências vividas pelo autor em instituições psiquiátricas. Internado por duas vezes devido a delírios alcoólicos, Lima Barreto compartilha suas reflexões em um relato profundo e impactante, que se revela tanto autobiográfico quanto ficcional.
O Diário do hospício narra a vivência do autor no Hospício Nacional dos Alienados, localizado no Rio de Janeiro. Com uma escrita lúcida e contundente, Barreto não apenas documenta sua experiência, mas também oferece uma crítica social à situação dos pacientes em instituições psiquiátricas da época. A riqueza de detalhes e a sinceridade na escrita tornam este diário uma peça essencial da literatura brasileira.
Em contraponto, o romance inacabado O cemitério dos vivos apresenta uma interpretação ficcional dessas experiências. Nesse texto, o autor utiliza a ficção para explorar os mesmos temas abordados em seu diário, criando uma conexão íntima entre a realidade e a imaginação. A obra convida os leitores a refletirem sobre a condição humana e os limites da sanidade.
Esses dois textos foram publicados juntos postumamente, em 1953 e 2010, e agora ganham uma nova edição, organizada por Augusto Massi e Murilo Marcondes de Moura. Esta edição, publicada pela Companhia das Letras, inclui notas e imagens inéditas, que enriquecem a compreensão do ambiente manicomial e oferecem uma nova perspectiva sobre a obra de Barreto.
Além de fornecer um contexto mais amplo, a nova edição também apresenta uma reportagem de Raymundo Magalhães, datada de 1920, que complementa a narrativa e proporciona uma visão da época. A inclusão dessa reportagem é uma valiosa adição, que ajuda a iluminar as questões sociais e psicológicas que permeiam as obras de Lima Barreto.
A obra é uma contribuição significativa à literatura brasileira, destacando não apenas a vida do autor, mas também a luta de muitos que enfrentaram o estigma da saúde mental. Através de suas páginas, Lima Barreto se torna a voz de uma geração que ainda ecoa nos dias de hoje.
A nova edição de "Diário do hospício & O cemitério dos vivos" é um convite à reflexão sobre a solidão, o sofrimento e a busca por compreensão em um mundo frequentemente indiferente. A escrita de Lima Barreto continua a ressoar, desafiando os leitores a confrontarem suas próprias percepções sobre a sanidade e a condição humana. É uma obra que merece ser lida e relida, trazendo à luz temas universais e atemporais.
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Data de publicação | 21 de julho de 2017 |
Edição | 1ª |
Editora | Companhia das Letras |
Formato | Capa comum |
Idioma | Português |
ISBN 10 | 8535929509 |
ISBN 13 | 9788535929508 |
Páginas | 308 |
Qtd. palavras (estimado) | 77.000 |
Tempo de leitura | 10 horas e 16 minutos |