Este livro apresenta uma abordagem inovadora ao explorar as produções científico-tecnológicas de pessoas negras, tanto ancestrais quanto contemporâneas, sob uma afroperspectiva. O objetivo é ressignificar as bases intelectuais ocidentais, questionando a narrativa do "milagre grego", que costuma atribuir a origem de muitos saberes ocidentais à civilização grega.
A autora, Bárbara Carine, destaca a relevância da sabedoria kemética como alicerce dos conhecimentos científicos. A partir de uma escrita envolvente e reflexiva, são apresentados conceitos fundamentais para o entendimento do apagamento histórico que muitas vezes ocorre nas narrativas dominantes. Entre esses conceitos, estão a pilhagem epistêmica e o genocídio epistêmico, que evidenciam as formas de exclusão e marginalização do conhecimento negro.
O livro reúne 50 produções científicas fundamentais, que foram cruciais para o desenvolvimento da ciência e tecnologia na África e na afrodiaspora. Essas invenções e descobertas, muitas vezes esquecidas ou subestimadas, são um testemunho da rica contribuição das comunidades negras para o avanço humano. A autora busca dar visibilidade a essas histórias e reconhecer a importância dos cientistas negros ao longo da história.
Além disso, Carine introduz o fundamento da filosofia Ubuntu, que oferece uma perspectiva única sobre a existência e a produção de conhecimento. Essa filosofia encoraja a reflexão sobre outras possibilidades de ser e estar no mundo, propondo que a ciência pode ser produzida a partir de diferentes marcadores existenciais e metodológicos.
A obra é uma leitura essencial para aqueles que desejam entender a complexidade da produção do conhecimento e a necessidade de um olhar mais amplo e inclusivo. Carine convida os leitores a repensar as narrativas tradicionais e a valorizar as contribuições das culturas africanas e afrodescendentes.
"História preta das coisas: 50 invenções científico-tecnológicas de pessoas negras" é, portanto, um convite à reflexão e à valorização da diversidade no campo científico. É um testemunho do potencial transformador do conhecimento e da importância de reconhecer e celebrar as vozes que muitas vezes foram silenciadas.
Ao final, a autora nos instiga a considerar as implicações do que significa produzir ciência em um mundo que frequentemente ignora suas raízes. A obra de Bárbara Carine é uma contribuição significativa para a literatura que busca descolonizar o saber e trazer à luz as inovações que emergem de uma rica herança cultural.
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Data de publicação | 1 de janeiro de 2021 |
Edição | 1ª |
Editora | Editora Livraria da Física |
Formato | Capa comum |
Idioma | Português |
ISBN 10 | 655563085X |
ISBN 13 | 9786555630855 |
Páginas | 74 |
Qtd. palavras (estimado) | 18.500 |
Tempo de leitura | 2 horas e 28 minutos |