"Não fossem as sílabas do sábado" é um romance sensível e brutal que explora os temas do luto, da maternidade e das possibilidades de um recomeço. A obra revela como uma tragédia pode não apenas destruir, mas também reconfigurar a vida de quem fica. O leitor é conduzido por uma narrativa que apresenta a complexidade das relações humanas em momentos de dor e solidão.
A história se inicia com um absurdo acidente que acaba com a vida de André, deixando um rastro de perda e desolação. Sua morte não apenas extingue um amor, mas também rasga a estrutura familiar, deixando Ana em um estado de luto profundo. Com o coração partido e a casa silenciosa, Ana se vê obrigada a gestar a filha órfã de um amor que não pode mais ser. O ambiente familiar se torna um espaço de dor, onde cada canto lembra a presença do que foi perdido.
A narrativa se aprofunda nas interações entre Ana e as mulheres que a cercam. Francisca, a babá, surge como uma figura ambígua, oferecendo sua ajuda, mas também invadindo o espaço de Ana com suas tentativas de consertar o que foi quebrado. Por outro lado, Madalena, a vizinha, compartilha com Ana o luto pela perda de seu próprio marido, que também foi vítima do acidente. Essa nova relação entre as duas mulheres se transforma em um duro e ao mesmo tempo terno embate de isolamentos e solidão.
A autora, Mariana Salomão Carrara, constrói uma narrativa íntima que assombra pela sua concretude. Com uma prosa delicada, ela mescla a brutalidade do luto com a suavidade das memórias, criando uma obra que ressoa com a experiência de qualquer um que já tenha enfrentado a perda. A habilidade de Carrara em transitar entre a tristeza e a esperança a posiciona como uma das vozes mais urgentes da literatura brasileira contemporânea.
Ao longo do romance, o leitor é convidado a refletir sobre a fragilidade da vida e os novos começos que podem surgir mesmo nas situações mais adversas. A obra é uma ode à resiliência, mostrando que, apesar da dor, é possível encontrar caminhos para a reconstrução. As personagens, imersas em seus próprios mundos de luto, acabam se unindo em um laço que transcende a perda, revelando a força das conexões humanas.
"Não fossem as sílabas do sábado" é um livro que promete tocar o coração do leitor, desafiando-o a confrontar suas próprias emoções. Com uma narrativa rica e complexa, a obra não apenas narra uma história, mas também provoca uma profunda reflexão sobre a condição humana. É um convite para mergulhar em um universo onde a dor e o amor coexistem, permitindo que novas histórias possam emergir das cinzas.
Ana: Protagonista da história, que enfrenta o luto pela perda do marido, André. Sua jornada é marcada pela busca de um recomeço e pela construção de novos laços.
Francisca: A babá que se torna uma figura central na vida de Ana, oferecendo ajuda enquanto também destaca as tensões que surgem nesse novo arranjo familiar.
Madalena: Vizinha e também viúva do outro homem envolvido no acidente. Ela compartilha com Ana o luto e se torna uma parceira inesperada na busca por compreensão e cura.
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Data de publicação | 7 de junho de 2022 |
Edição | 1ª |
Editora | Todavia |
Formato | Capa comum |
Idioma | Português |
ISBN 10 | 655692282X |
ISBN 13 | 9786556922829 |
Páginas | 168 |
Qtd. palavras (estimado) | 42.000 |
Tempo de leitura | 5 horas e 36 minutos |