No interior da caatinga nordestina, Mirto cresceu cercado pela violência e pelo sofrimento. A sua vida e a de sua família estão marcadas por uma realidade dura e implacável. Seu pai, Germão, representa tanto a figura de autoridade quanto a de opressão, enquanto sua mãe, Dona Hermina, é um símbolo de amor e submissão.
A vida de Mirto muda drasticamente em uma noite trágica, quando a sua pouca inocência infantil é abruptamente tirada. A morte do pai agressor deixa uma marca indelével na vida de mãe e filho. Separados pela crueldade do destino, eles enfrentam a dor da culpa, do remorso e da vergonha. Juntos, anseiam não só por um reencontro, mas, principalmente, por um perdão que pode ser a chave para a sua libertação.
Na sua obra de estreia, "O cozer das pedras, o roer dos ossos", Patrick Torres apresenta uma narrativa que resgata a literatura brasileira regionalista. Através de sua experiência como nordestino, o autor traz à tona as nuances e complexidades da vida no sertão, inspirando e encantando os leitores com sua prosa envolvente.
A história é uma reflexão profunda sobre o impacto da violência na formação da identidade de um jovem. Mirto, como protagonista, enfrenta não apenas os desafios externos, mas também os seus próprios demônios internos. O autor convida o leitor a mergulhar na psicologia dos personagens, explorando suas motivações e anseios.
A prosa de Patrick Torres é marcada por uma linguagem rica e poética, que evoca as paisagens áridas e as emoções intensas do sertão. Cada página do livro é um convite a sentir o calor do sol nordestino e a solidão que permeia a vida de seus personagens. A narrativa é entrelaçada com elementos da cultura local, tornando-se uma homenagem à terra que molda as histórias e os destinos de seus habitantes.
A obra também traz à tona questões sociais que permeiam a vida na caatinga, abordando temas como a violência doméstica, a submissão feminina e a busca por liberdade. Mirto e Dona Hermina representam a luta de muitos que, como eles, buscam uma forma de escapar das garras de um passado doloroso.
"O cozer das pedras, o roer dos ossos" é mais do que uma história individual; é um retrato de uma sociedade que luta para se redefinir. O autor, ao contar essa história, não apenas narra a vida de seus personagens, mas também provoca uma reflexão sobre as estruturas sociais que perpetuam ciclos de dor e sofrimento.
Mirto: Protagonista da história, um jovem que enfrenta a violência e a dor de perder seu pai. Sua jornada é marcada pela busca de identidade e perdão.
Germão: Pai de Mirto, figura autoritária cuja morte marca uma mudança drástica na vida da família. Representa a violência que permeia a vida no sertão.
Dona Hermina: Mãe de Mirto, um símbolo de amor e submissão. Sua luta por liberdade e reconciliação é central para a narrativa.
A obra de Patrick Torres é uma contribuição significativa à literatura brasileira, oferecendo uma visão autêntica e tocante da vida no Nordeste. O autor, com sua sensibilidade e talento, traz à luz histórias que precisam ser contadas, fazendo com que o leitor se conecte profundamente com a experiência de seus personagens.
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Data de publicação | 7 de agosto de 2023 |
Edição | Capa ilustrada. Lado interno da capa colorido |
Editora | Astral Cultural |
Formato | Capa comum |
Idioma | Português |
ISBN 10 | 6555663774 |
ISBN 13 | 9786555663778 |
Páginas | 192 |
Qtd. palavras (estimado) | 48.000 |
Tempo de leitura | 6 horas e 24 minutos |