Neste clássico da literatura mundial, Jane Austen constrói diálogos que exploram a moral e os valores sociais da pseudoaristocracia inglesa. Ambientado na Inglaterra do final do século XVIII, o romance revela as limitações enfrentadas por mulheres sem dote, que buscavam ascensão social em uma sociedade rígida.
A protagonista, Elizabeth Bennet, de vinte anos, é uma das cinco filhas de um senhor espirituoso, mas imprudente. Ela representa um novo tipo de heroína, que não se conforma com os estereótipos femininos da época. Lizzy, como é carinhosamente chamada, possui uma perspectiva única sobre a vida e, através de sua inteligência e perspicácia, conquista o nobre Fitzwilliam Darcy. Sua trajetória reflete a busca pela liberdade e pela autenticidade em um mundo repleto de convenções.
O romance também se destaca pela crítica à futilidade das mulheres, expressa através da voz de Elizabeth. Ao longo da narrativa, a heroína se posiciona de maneira clara e assertiva, defendendo suas convicções com a lucidez de uma filósofa liberal da província. Esse aspecto torna Orgulho e Preconceito não apenas um romance, mas também uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade.
Austen habilmente entrelaça humor e drama em sua obra, criando um retrato vívido da vida cotidiana, das interações sociais e das expectativas impostas às mulheres. A habilidade da autora em criar personagens memoráveis e diálogos afiados contribui para a atemporalidade do livro, que continua a ressoar com leitores de todas as idades.
No desfecho, Elizabeth Bennet é recompensada com uma felicidade que inicialmente parecia inatingível dentro das limitações de sua classe social. O romance revela que, por trás das convenções sociais, existem caminhos para a verdadeira realização pessoal. A obra convida o leitor a refletir sobre as normas sociais e a lutar por seus próprios desejos e anseios.
Orgulho e Preconceito é, portanto, uma história de amor, mas também um manifesto sobre a importância da independência e do pensamento crítico. Através de suas páginas, Jane Austen propõe um diálogo profundo sobre a condição feminina e o valor intrínseco de cada indivíduo, independentemente de seu status social.
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Data de publicação | 21 de junho de 2011 |
Edição | 1ª |
Editora | Penguin-Companhia |
Formato | Capa comum |
Idioma | Português |
ISBN 10 | 8563560158 |
ISBN 13 | 9788563560155 |
Páginas | 576 |
Qtd. palavras (estimado) | 144.000 |
Tempo de leitura | 19 horas e 12 minutos |